Eis o homem:
Ícaro de amputadas asas
De alma pútrida...
Áptero... pávido...
Insano... sem dó... dor só!
Eis o homem!
Acordado sem acordes
Com os quais dançar
(dançarino do nada: dor só!)
Eis o homem!
Acordado sem cor
Com a qual se pintar
(dândi do nada: dor só!)
Eis o homem!
Acordado sem palavras,
Sem verbo,
Sem vida
Com a qual apodrecer
em seu túmulo caiado de trevas
(divindade do nada: dor só!)
Eis o homem:
Dançarino... nada!
Dândi... nada!
Divindade... nada!
[DiAfonso]
2 comentários:
Poeta, belíssimo !
Ameiiiiiiiiiiiiiii demais.
Bjs!
Poeta, eis a confissão de um homem engajado com o ser homem. Engajado radicalmente, ou seja, descendo às raízes do drama que é ser homem.
Receba o meu abraço fraterno e amigo.
Um abraço de irmão mais velho, de tantas caminhadas juntos...
Paz, Páscoa, Fraternidade!
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