Ao Mestre Vasconcelos Sobrinho
O sol é exato, é fato.
A ciência apura: quantas, fótons.
E eu, cá embaixo,
Um fato?
Dado concreto, objeto dissecado.
No entanto, assistemático.
Quem mensura não me explica.
Que morra toda a estatística
E que a ciência estertore
Como fato de cabrita
Pendurada no curtume.
Sob o sol, nesses ardores,
Não calculem minhas dores.
Quero p(r)o(f)etas,
Não, doutores.
O sol deveras é exato, lá no alto.
E eu,
o objeto, o fato,
ressecado no arame.
Rejeito o método.
Rejeito o número.
Rejeito o nome.
Só me consumo.
E o sol me consome.
Eis um homem!
Fonte da imagem:
Estamira - o filme
A ciência apura: quantas, fótons.
E eu, cá embaixo,
Um fato?
Dado concreto, objeto dissecado.
No entanto, assistemático.
Quem mensura não me explica.
Que morra toda a estatística
E que a ciência estertore
Como fato de cabrita
Pendurada no curtume.
Sob o sol, nesses ardores,
Não calculem minhas dores.
Quero p(r)o(f)etas,
Não, doutores.
O sol deveras é exato, lá no alto.
E eu,
o objeto, o fato,
ressecado no arame.
Rejeito o método.
Rejeito o número.
Rejeito o nome.
Só me consumo.
E o sol me consome.
Eis um homem!
Fonte da imagem:
Estamira - o filme
Do EU-LÍRICO
3 comentários:
natal poika koskettava kuva ja runo. hyvin karu ja armoton totuus ilman koruja. ilman turhia korulauseita niin paljas kuin kuolema iholla.
Muito bom. Parabéns. adorei.
Tomei a liberdade de enviar seu link para o:
http://linkandovoce.blogspot.com/
Obrigado pelo comentário, BELcrei. Se desejar, poderá visitar o blog do autor deste magnífico discurso poético: EU-LÍRICO [amigo e "cumpadi" de longas jornadas nesse mundo do fazer poético].
Grande abraço!
ps. Fique à vontade para reblogar textos do SPIRITUS, Terra Brasilis e Terra Brasilis Educacional se assim for conveniente. Peço-lhe apenas a inserção dos devidos créditos.
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